Resumo: Atualmente um dos maiores desafios para a sociedade é saber equilibrar a geração de resíduos sólidos que vem ocorrendo de forma excessiva e sua disposição final ambientalmente adequada. A compostagem surge, dentro deste contexto, como uma técnica simples e de fácil implantação para reduzir a geração dos materiais orgânicos, aumentar a vida útil dos aterros sanitários, produzindo um composto rico em húmus e nutriente minerais. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade de compostagem dos resíduos orgânicos gerados nos restaurantes universitários dos Campi I e II do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), localizado em Belo Horizonte, através do monitoramento dos parâmetros pH, temperatura e umidade durante o processo. A compostagem foi realizada na estação chuvosa, com ocorrência de precipitações constantes, o que se refletiu nos teores de umidade acima do ideal no início da compostagem e em temperaturas máximas abaixo de 60 o C, na fase termófila. No entanto, não foi observada indícios de anaerobiose, como odores desagradáveis ou lixiviação de chorume. O pH manteve o comportamento correspondente às diferentes fases de decomposição dos materiais orgânicos. A maturação do composto ocorreu aproximadamente aos 120 dias. Após o peneiramento, obteve-se um aproveitamento de 73,55% do composto. Concluiu-se que mesmo com os teores de umidade elevados, foi possível a produção de composto orgânico, evitando-se significativamente a destinação de resíduos ao aterro sanitário e redução de custos para a instituição. Fica clara a importância da continuidade do estudo, a fim de determinar a qualidade nutricional do composto.
Palavras-chave:Compostagem, Resíduos orgânicos, Restaurante universitário.