Estudos psicofísicos demonstram, através de terapia de aprendizagem perceptual, que o sistema visual adulto possui neuroplasticidade através da estimulação do córtex visual, com melhora na sensibilidade ao contraste (SC), acuidade visual (AV) e estereopsia em pacientes amblíopes anisometrópicos. A ambliopia, conforme Chen & Cotter 1 , é uma síndrome sem anomalia estrutural ou doença ocular da visão espacial com diminuição da acuidade visual (AV) que, mesmo com a correção óptica, não apresenta melhoria. É associada, mais comumente, com estrabismo, anisometropia ou privação de forma que ocorre durante o período sensível de desenvolvimento visual na primeira infância.Para Clavagnier et al. 2 , um amblíope possui distorções espaciais, alteração da localização e SC reduzida para forma e movimento. Conforme Levi et al. 3 , quando ocorre a diminuição de contraste em um olho resulta em estereoacuidade reduzida. Gambacorta et al. 4 estimam que 2,4% da população é amblíope, aproximadamente 15 milhões de crianças em todo o mundo. A pesquisa de metanálise, realizada por Fu et al. 5 , destaca a importância de buscar novas práticas para o tratamento da ambliopia. Barollo et al. 6 descrevem que pela ambliopia ser um distúrbio da visão espacial pode ser corrigida, melhorando a comunicação lateral entre os neurônios no córtex visual primário através da aprendizagem perceptual e, assim, evoluir, consequentemente, à percepção, o agrupamento e a segmentação de formas em nível cortical.O treinamento perceptivo realizado com as grades de Gabor, segundo Almodin et al. 7 , estimula e ativa campos receptivos no córtex visual, com o intuito de melhorar a AV e SC, facilitando as conexões neuronais em nível cortical. A precisão do estímulo