que Rui e sua família ocuparam por 28 anos e que com sua morte em 1923, que foi vendida para governo brasileiro para ser transformado em um Museu Biblioteca. Ao ser institucionalizada como lugar de memória, deixou de ser residência de um homem público e passou a ser um bem, uma referência à sociedade e a nação. Uma casa que deve ser preservada, não por ser um exemplar arquitetônico de sua época, mas por ser um marco histórico, um monumento, local onde deve ser reverenciada a presença de seu proprietário, para que não caia no esquecimento coletivo seus feitos e saberes. Sabemos que a função principal de uma Casa Museu é, através da narrativa histórica do patrimônio material e imaterial, criar uma ambientação crível que levará o visitante a compartilhar a vivência de seu personagem símbolo, adquirindo conhecimento. Partindo desse principio vamos delinear quais são os caminhos utilizados para nortear a montagem de uma casa museu, nos inserindo em um universo multidisciplinar em busca do embasamento necessário a sua museografia. Pois reforçando igualdades e diferenças, somos responsáveis por tecer a teia que vai reforçar a presença do personagem símbolo, na história e memória de nosso país. Personagem digno de ser destacado, homenageado, um mito a ser reverenciado.