O artigo explora a transição para a modernidade líquida e seu impacto nas novas gerações, particularmente nos “alunos surfistas”, que, embora naveguem pelas ondas do conhecimento, não estabelecem conexões duradouras com ele. O objetivo é analisar as características e desafios enfrentados por esses estudantes no contexto da modernidade líquida, com base nas teorias de Bauman, Bateson e Piaget, e explorar como o currículo pode ser adaptado para atender às necessidades desse novo perfil de estudante. Na primeira seção, usamos a Teoria Crítica de Bauman para analisar à modernidade líquida e suas implicações na formação das subjetividades, abordando temas como a mobilidade do capital, o impacto na educação e a importância da reconstrução do espaço público. Na segunda seção, discutimos a evolução da educação da modernidade sólida para a era líquido-moderna, destacando o impacto do neoliberalismo e da volatilidade da informação, que demandam uma reavaliação do propósito e métodos educacionais. A terceira seção analisa a teoria de aprendizagem de Bateson, que aborda os diversos níveis de aprendizado e sua relação com a adaptação do indivíduo. Também se apresenta exemplos de propostas pedagógicas que refletem a concepção de um currículo aberto e plural. A conclusão ressalta a necessidade de um currículo aberto que equilibre o conhecimento acumulado pela humanidade com o contexto dos alunos.