RESUMOO estudo verificou a influência da independência do conselho de administração no gerenciamento de resultados (GR), por meio de pesquisa descritiva, documental e quantitativa, em uma amostra de companhias abertas, no período de 2012 a 2015. O GR foi analisado por meio dos accruals discricionários baseados no modelo Jones modificado. Como proxy para independência do conselho, foram utilizadas três variáveis: 1) percentual de membros independentes, 2) dummy que captava quando a maioria dos membros eram independentes e 3) dummy que captava a existência de dualidade no cargo de presidente do conselho e de diretor-presidente.Em relação ao GR, os resultados evidenciaram indicadores de baixas proporções na maioria dos anos. Constatou-se que o percentual médio de membros independentes nas empresas não ultrapassou 20%. As empresas que possuíam o conselho constituído pela maioria de membros independentes correspondiam a 16% do total. Quanto à dualidade nos cargos, verificou-se que houve considerável redução no período. Os resultados, também, revelaram que a independência do conselho não influencia o nível de GR das empresas da amostra. Concluiu-se, assim, que a pressão exercida pelo acionista controlador e pelos outros conselheiros internos contribuiria para reduzir o impacto positivo dos conselheiros independentes no GR.Palavras-chave: Independência do conselho de administração; Gerenciamento de resultados; Companhias abertas.