A pandemia (COVID-19) tem gerado impactos, rupturas e desafios para os setores da economia e da sociedade. Enfrentar as contingências impostas pela pandemia pode resultar em melhores resultados e reduzir os níveis de incerteza. O objetivo deste estudo é analisar as rupturas oriundas da pandemia gerada pela COVID-19 e propor encaminhamentos para superação/transição focados na ascensão/progresso organizacional em determinados elos da cadeia produtiva do agronegócio. Para tanto, desenvolveu-se um estudo de caso único, com unidades focais vinculadas ao agronegócio brasileiro, com abrangência regional, estadual e nacional. Nesse sentido, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com representantes de doze associações/entidades representativas. Os resultados da pesquisa mostraram que: contingências oriundas da pandemia Covid-19, afetam as organizações tanto direta quanto indiretamente, de forma não uniforme, gerando significativos impactos e rupturas. Em contraponto, foram constatadas ações positivas que se perpetuarão no pós-pandemia, decorrentes das lições aprendidas, tendo o trabalho remoto constituído um grande diferencial de resposta Como contribuições práticas deste estudo, oferecem-se aos gestores insights e evidências, possibilitando-lhes readequação com o intuito de manter o desempenho e possibilitar a manutenção de suas atividades econômicas mesmo que reduzida, assim como aos tomadores de decisões políticas de forma sincronizada e sem politização. O estudo gerou, ainda, contribuições teóricas para a Teoria da Contingência, provando, empiricamente, que os fatores organizacionais podem interferir no processo de tomada de decisão das empresas, assim como para a literatura sobre a Covid-19. Além disso, gerou base para futuros estudos voltados a formulações de políticas que promovam ações concretas de cunho prático, visando minimizar as externalidades negativas originadas da pandemia, além de encaminhamentos para superação.