RESUMO A queima das pontas das folhas da cebola é controlada por meio de aplicação foliar com fungicidas seguindo um calendário fixo. Porém, o regime de aplicação baseado em um sistema de previsão, pode predizer e minimizar o progresso da doença. Como não se conhece o comportamento epidemiológico da doença nas condições do sul do Brasil, objetivou-se por meio desse trabalho, analisar a epidemiologia temporal da doença em diferentes regimes de aplicação de fungicidas. Em delineamento experimental de blocos casualizados com quatro repetições foram avaliados os regimes de aplicação baseado no sistema de Marcuzzo & Haveroth (2016) com valores diários de severidade estimada (SE) acumulado de 0,20, 0,25, e 0,30 comparados ao controle padrão (aplicação de fungicidas aos 5 e 7 dias). A avaliação da severidade da doença foi realizada semanalmente em dez plantas ao acaso previamente demarcadas em cada repetição. A curva de progresso da doença para cada um dos regimes foi ajustada ao modelo de Gompertz, já que a severidade observada correspondeu ao modelo e foi confirmada pela coerência entre os pontos estimados e pelo resíduo. Foi verificado que o regime de 7 dias apresentou a maior taxa (0,80283) de progresso, enquanto que SE=0,30 a menor (0,50526). Verificou-se que o regime com SE=0,30 apresentou o pico máximo da severidade com 46,4% e que o regime de 5 dias teve o menor acúmulo da doença com 27,7%. Os regimes de aplicação de fungicida não influenciaram no comportamento do progresso temporal da queima das pontas das folhas da cebola Empasc 352/Bola Precoce.