Objective: Although benign epilepsy with centrotemporal spikes (BECTS) is an idiopathic, age-related epilepsy syndrome with favorable outcome, recent studies have shown impairment in specific neuropsychological tests. The objective of this study was to analyze the comorbidity between dyslexia and BECTS. Method: Thirty-one patients with clinical and electroencephalographic diagnosis of BECTS (group A) and 31 paired children (group B) underwent a language and neuropsychological assessment performed with several standardized protocols. Our findings were categorized as: a) dyslexia; b) other difficulties; c) without difficulties. Our results were compared and statistically analyzed. Results: Our data showed that dyslexia occurred in 19.4% and other difficulties in 74.2% of our patients. This was highly significant when compared with the control group (p,0.001). Phonological awareness, writing, reading, arithmetic, and memory tests showed a statistically significant difference when comparing both groups. Conclusion: Our findings show significant evidence of the occurrence of dyslexia in patients with BECTS.Keywords: epilepsy, rolandic, dyslexia, childhood, BECTS.
RESUMOObjetivo: Apesar da epilepsia benigna da infância com espículas centrotemporais (EBICT) ser uma síndrome epiléptica considerada idiopática, idade-relacionada e de evolução favorável, estudos recentes têm mostrado que essas crianças apresentam prejuízo em testes neuropsicológicos específicos. O objetivo desse estudo foi analisar a comorbidade entre EBICT e dislexia. Método: Trinta e um pacientes com diagnóstico clínico e eletrencefalográfico de EBICT (grupo A) e 31 crianças pareadas (grupo B) foram submetidos à avaliação neuropsicológica e de linguagem com vários protocolos estandardizados. Nossos achados foram categorizados em: a) dislexia; b) outras dificuldades; c) sem dificuldades. Nossos resultados foram comparados e analisados estatisticamente. Resultados: Os dados mostraram que dislexia ocorreu em 19,4% e outras dificuldades em 74,2% dos nossos pacientes. Esses números foram altamente significativos quando comparados com o grupo controle (p,0,001). Consciência fonológica, leitura, escrita, aritmética e testes de memória mostraram diferença estatisticamente significante quando foram comparados os dois grupos. Conclusão: Nossos dados mostraram que há evidência da ocorrência de dislexia em pacientes com EBICT.