RESUMO Objetivo: analisar o efeito do cuidado de transição no autocuidado, qualidade de vida e conhecimento da doença de pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca. Método: ensaio clínico randomizado cego com 74 pacientes com insuficiência cardíaca em dois hospitais quaternários do Rio de Janeiro-RJ, entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2020. O grupo intervenção recebeu cuidados de transição com gerenciamento educativo por enfermeira, à beira do leito, desde a admissão até a alta hospitalar e consulta telefônica por 30 dias após a alta. O grupo controle recebeu acompanhamento usual. Os desfechos primários incluíram habilidades de manutenção, manejo e confiança no autocuidado, e os desfechos secundários, qualidade de vida e conhecimento da doença. Ambos foram avaliados por questionários validados para uso no Brasil. Os dados foram analisados pelo ANOVA de medidas repetidas. Resultados: o grupo intervenção apresentou maiores escores para manutenção (74,3 vs44,2; p<0,001) e confiança do autocuidado (79,3 vs56,4; p<0,001) e conhecimento da doença (41,3 vs27,5; p<0,001) e menores escores de qualidade de vida (42,1 vs64,5; p<0,001) em 30 dias após a alta. Conclusão: o cuidado de transição foi efetivo na melhora da qualidade de vida, conhecimento da doença, manutenção e confiança no autocuidado. Estudo registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos, sob o número RBR-2dpc6b.