RESUMOObjetivo: identificar possíveis fatores de risco para a ocorrência de distúrbios respiratórios obstrutivos graves no pós-operatório imediato da adenotonsilectomia -AT. Método: trata-se de um estudo descritivo, prospectivo e de caráter observacional, realizado em 2014. Participaram crianças em rotina cirúrgica de AT. A avaliação consistiu no questionário respondido pelos pais (dados pessoais e clínicos), avaliação clínica da criança (oroscopia) e o exame de polissonografia (antes e após a AT). Resultados: foram avaliadas 30 crianças com queixas de obstrução nasal (73,33%), respiração oral (96,66%) e ronco (100%). Na avaliação clínica, observou-se palato em ogiva (75,86%) e hipertrofia das tonsilas palatinas de grau 3 (62%). Antes da cirurgia, 40% da amostra foi diagnosticada com AOS grave, e, após a cirurgia, 10% apresentou AOS grave. Houve tendência para o grau da hipertrofia das tonsilas, tabagismo passivo, IVAS (infecções das vias aéreas superiores) e fácies adenoideana se correlacionarem com a AOS grave. Conclusão: a polissonografia demonstrou elevada frequência de AOS grave prévia à AT, além de elevada frequência de eventos respiratórios obstrutivos após a cirurgia com potencial para complicações respiratórias.