A exploração na ovinocultura vem contribuindo ao longo dos anos no agronegócio brasileiro e para a economia mundial, concentrando seus rebanhos principalmente nas regiões Nordeste e Sul. Entretanto, mesmo com a crescente demanda de produtos como a carne, leite e lã, ainda se apresentam limitações pelas inúmeras condições de manejo sanitário. Devido as parasitoses gastrointestinais diretamente interferirem na sanidade dos rebanhos, objetivou-se avaliar a ocorrência de parasitas gastrointestinais em rebanhos ovinos dos municípios de Canoinhas e Três Barras, Estado de Santa Catarina. Entre maio e junho de 2019, foram examinadas, pela técnica de Gordon e Whitlock e coprocultura, amostras fecais de 103 ovinos puros e mestiços e de diferentes faixas etárias procedentes de quatro rebanhos. As variáveis (raça, idade, gênero e rebanho) foram analisadas pelos testes de Student e qui-quadrado. Observou-se em 67,96% dos ovinos amostrados a presença de oocistos do gênero Eimeria e 80,58% de positivos para ovos de helmintos gastrointestinais, dos quais a ordem Strongylida e os gêneros Trichuris sp., Toxocara sp. e Moniezia sp. estavam presentes. Dentre estes, 64,08% estavam com infecção mista por helmintos e protozoários. As larvas identificadas das coproculturas indicaram infecções pelos gêneros: Haemonchus, Oesophagostomum, Trichostrongylus Cooperia e Ostertagia. O grau de infecção parasitária apresentou diferença estatística para os helmintos da ordem Strongylida quando comparados os borregos com animais adultos (p=0,011). Os gêneros Haemonchus e Trichostrongylus mostraram ser os mais importantes e abundantes no parasitismo gastrointestinal detectado nos ovinos do Planalto Norte Catarinense.