RESUMO: Em nosso Serviço, temos dado preferência pelo uso da artéria mamária intema na cirurgia de revascularização miocárdica, utizizando-a em 93% dos pacientes com menos de 65 anos, durante este último ano . Quando, por motivos anatómicos, torna-se impossível seu uso in situ, temos lançado mão de sua utilização como enxerto livre. De abril de 1986 a setembro de 1988, este procedimento foi realizado em 58 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada e pela primeira vez (foram excluídos seis casos de reoperação) . Pertenciam ao sexo masculino 55 (95%) dos casos, sendo a faixa etária entre 35 e 69 anos, com média de 49 anos. Quanto aos sintomas pré-operatórios, 43% apresentavam angina estável, 36% angina instável, 17% angina pós-infarto e 3,5% eram assintomáticos. Foram realizadas 179 pontes (3/paciente), a saber: ponte de safena 67, mamária in situ 53 e enxerto livre de mamária 59 (um caso com dois enxertos livres), para as seguintes artérias: coronária direita 18, marginal da circunflexa 17, diagonal 10, descendente anterior 10, ponte de passagem (DA-Dgl) dois e um enxerto duplo (DA e 091). Ocorreu um episódio (1,7%) de infarto trans-operatório caracterizado por alterações eletrocardiográficas. Dos 56 casos que tiveram alta hospitalar, ocorreu um óbto tardio no ~ ano de pós-operatório, por morte súbita. Dos 55 sobreviventes, foi possível analisar 51 (92,7%), sendo que, destes, 48 (94%) , estão assintomáticos, em evolução pouco maior que dois anos. DESCRITORES: artéria mamária interna, enxerto livre ; miocardio, revascularização, cirurgia.
INTRODUÇÃOAo se apreciar a evolução do tratamento cirúrgico da insuficiência coronária, precebe-se que, durante a década passada, o procedimento demoristrou ser útil ao prolongar a vida, aliviar os sintomas e procurar diminuir a incidência de infarto do miocárdio, tornando-se uma das cirurgias de grande porte, realizada com a maior segurança, em praticamente todos os Serviços de cirurgia cardíaca.Desde o início desta década, a preocupação maior ficou voltada para os resultados tardios, onde a patência dos enxertos utilizados tem relação direta com o sucesso da operação.Torna-se claro, pelos resultados dos diversos trabalhos publicados 4. 10. 23. 24, que, nos pacientes nos quais se utilizou a anastomose mamário-coronária, os resultados foram melhores. Os estudos cinecoronariográficos, a longo prazo, demonstraram a nítida prevalência em