RESUMO. Skinner propõe ser o autoconhecimento gerado por contingências sociais que colocam os relatos do indivíduo sob o controle do seu próprio comportamento. Esse argumento tem sido sustentado por uma série de investigações, tanto com sujeitos humanos quanto com sujeitos não humanos, as quais têm indicado que diferentes aspectos das relações entre o comportamento de um organismo e suas conseqüências podem exercer controle discriminativo sobre as descrições que esse organismo faz de tais relações (auto-relato). O objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão da literatura sobre discriminação de contingência, com ênfase nas funções controladoras de certas características das contingências que mantêm o comportamento a ser descrito e daquelas que mantêm o comportamento de auto-relatar. Adicionalmente, algumas implicações desses estudos para a vida cotidiana são discutidas.