INTRODUÇÃOOs pseudolinfomas cutâneos englobam um grupo heterogéneo de entidades clinico-patológicas que têm em comum o facto de simularem clinica e/ou histologicamente linfomas cutâneos primários. O termo pseudolinfoma não é uma entidade diagnóstica per si devendo ser desencorajado na prática clínica. Trata-se de um padrão de reacção cutânea a estímulos conhecidos ou desconhecidos resultando na acumulação benigna de células linfocíticas na pele.Não existem dados exactos relativamente à incidên-cia, prevalência ou distribuição geográfica porque não há critérios diagnósticos precisos que diferenciem os infiltrados reactivos dos infiltrados neoplásicos e a clínica pode ser muito variável. A correlação clinico-patológica, o recurso a técnicas de imunohistoquímica e de biologia molecular são essenciais para chegar ao correcto diagnóstico que, muitas vezes, pode ser revelado apenas após um largo período de follow-up. A identificação de um factor etiológico evidente é também de grande utilidade diagnóstica, pois os pseudolinfomas estão frequentemente dependentes de uma estimulação antigénica como infecções, fármacos, ou reacções de corpo estranho. Revista SPDV 74(1) 2016; Ana Isabel Teixeira, Ana Isabel Gouveia, Susana Brás, Luís Miguel