Dificuldades enfrentadas por enfermeiros no reconhecimento e manejo da sepse / Difficulties faced by nurses in the recognizing and managing sepsis

Abstract

Objetivo: identificar dificuldades de enfermeiros para o reconhecimento e manejo da sepse e choque séptico. Método: estudo qualitativo, descritivo, com 47 enfermeiros de hospital universitário do centro-oeste do Brasil. Dados coletados entre julho e agosto de 2017 por entrevista sobre definição, classificação, manifestações clínicas e tratamento da sepse, interpretadas a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: enfermeiros referiram dificuldades em identificar precocemente e não se sentem preparados para cuidar do paciente séptico. Foram apontadas dificuldades relacionadas à própria sepse, como a inespecificidade dos sinais, aspectos intrínsecos ao profissional, como formação e da instituição, como a falta de educação permanente. Conclusão: verifica-se, pela fala dos entrevistados, que falta atualização desde a formação profissional à educação permanente, assim como a necessidade de implementar protocolos institucionais para o adequado enfrentamento da sepse.

Sepse Em Ambientes Hospitalares: Uma Revisão Integrativa Da Literatura

“…Um protocolo de sepse é um conjunto de diretrizes clínicas estruturadas para identificar, tratar e monitorar pacientes com sepse de maneira eficiente e padronizada. Esses protocolos visam a detecção precoce da sepse por meio de critérios clínicos e laboratoriais, permitindo intervenções rápidas que incluem a administração de antibióticos de amplo espectro, ressuscitação volêmica para estabilização hemodinâmica e monitoramento contínuo de sinais vitais e parâmetros hemodinâmicos (VERAS et al, 2019;SOUSA et al, 2021;FREITAS et al, 2021).…”

“…Além disso, a sincronização e o envolvimento intensivo da equipe multidisciplinar são cruciais para o sucesso da implementação dos protocolos. A adaptação dos protocolos às especificidades de cada instituição, considerando os recursos disponíveis e as características da população atendida, é fundamental para maximizar a eficácia das intervenções (SOUSA et al, 2021). Estudos como o de Veras et al ( 2019) apontam para a necessidade de treinamento contínuo e capacitação dos profissionais de saúde, destacando que a implementação bemsucedida dos protocolos depende tanto de diretrizes bem elaboradas quanto da preparação e conscientização dos profissionais envolvidos no atendimento dos pacientes sépticos.…”

“…A monitorização contínua dos parâmetros hemodinâmicos pelos enfermeiros é essencial para ajustar as doses dos vasopressores e garantir a eficácia do tratamento. A literatura destaca a importância da administração precoce e adequada de vasopressores no manejo do choque séptico, melhorando significativamente os desfechos dos pacientes (SOUSA et al, 2021).…”

“…A coordenação de cuidados inclui a gestão de recursos e a organização do fluxo de trabalho para garantir que as intervenções necessárias sejam realizadas em tempo hábil. A capacidade dos enfermeiros de gerenciar essas demandas complexas é fundamental para a implementação eficaz dos protocolos de sepse e para a manutenção de um alto padrão de cuidado (SOUSA et al, 2021).…”