A prática de “colar” nas avaliações parece estar associada a uma estratégia do estudante em evitar o baixo rendimento nas avaliações quantofrênicas e o medo do fracasso. Diante do fato, compreende-se que o conteúdo expresso na cola talvez seja o que o estudante tenha menos segurança. Assim, este trabalho tem como intento investigar a utilização da cola, por estudantes de Enfermagem, na avaliação de Fisiologia Humana, como possível instrumento de suporte emocional, assim como identificar os conteúdos que apresentaram maiores dificuldades de apreensão e, dessa forma, repensar a prática pedagógica. Trata-se de pesquisa básica, de abordagem quali-quantitativa, do tipo exploratória. A metodologia utilizada para a análise dos relatos de experiência foi a Técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados apontaram discursos ancorados na Ideia Central ‘Segurança e Autoconfiança’ e dificuldades de aprendizagem em conteúdos específicos dos sistemas digestório, respiratório e renal. Desconstruir o estereótipo aversivo em relação ao uso de anotações (“cola”) no momento da prova, pode ressignificá-la como um instrumento de suporte emocional e, principalmente, de identificação dos conteúdos que os estudantes apresentam maior dificuldade de apreensão, indicando um bom caminho para repensar a prática pedagógica.