Dimensões da sustentabilidade nos projetos de urbanização de assentamentos precários em áreas protegidas

Abstract

Este artigo, fruto de pesquisa em desenvolvimento, tem como pressuposto que os projetos de urbanização de assentamentos precários, localizados em áreas ambientalmente vulneráveis devem ser parte de uma visão sistêmica que enfoca simultaneamente aspectos fundamentais à sustentabilidade. Na primeira parte apresenta-se o método de avaliação proposto para a análise de projetos de urbanização de assentamentos precários considerando as seguintes dimensões da sustentabilidade: político-institucional, ambiental, urbana e socioeconômica. Na segunda, discute-se os resultados da aplicação do método em dois estudos de caso localizados em municípios da Região Metropolitana de São Paulo, Brasil, que implementaram políticas públicas consideradas de sucesso: 1) Projeto de urbanização da Favela Colinas D'Oeste, Osasco e, 2) Projeto de urbanização dos assentamentos Capelinha-Cocaia, São Bernardo do Campo. As considerações finais indicam os limites e os avanços dos projetos analisados frente à visão sistêmica, necessária à recuperação de áreas ambientalmente vulneráveis, e à sustentabilidade urbano-ambiental dessas regiões.

Sustainable Urbanization in Valley-Bottom Areas in Urban Settings: The Case of the Jaguaré Stream Basin, São Paulo, Brazil

“…Its aim was to understand the processes of land occupation, the decisions regarding planned sectoral works, and their impacts on flooding. For this purpose, cartographic databases were constructed, and through the method of overlaying maps with layers of specific information, it was possible to understand the territorial and environmental characteristics of the urbanization process, especially the hydrological dynamics, as well as the frameworks of the urbanization processes in the basin area [43][44][45][46][47]. The results of these analyses are summarized in Section 4.1.…”

“…The recommendations were organized into a matrix structured in four dimensions political-institutional, environmental, urbanistic, and infrastructural. These dimensions, appear to be operational, but aim to reinforce the need for implementing a set of interdependent and systemic actions [47], especially in valley-bottom areas, as discussed in Section 2.…”

“…For the research presented in this article, the studies supported investigations and propositions by providing data that sought to expand analyses at the watershed scale beyond the issue of risk reduction. This systemic approach incorporated other dimensions of sustainability, integrating them into land-use management, aiming to propose guidelines and recommendations of a socio-environmental nature that comprehensively cover the territory of the watershed [46,47].…”