A adolescência é uma etapa evolutiva repleta de transformações físicas, biológicas e psicológicas. Estas mudanças podem apresentar impactos significativos na saúde mental do jovem, e, em determinadas situações, incidir em tentativa ou na prática de suicídio como forma de resolução de dificuldades e/ ou conflitos. Este fenômeno é complexo, possui diversas causas e fatores associados e vem crescendo nos últimos anos, especialmente, frente à pandemia da COVID-19. Assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo teórico sobre estratégias de prevenção do suicídio na adolescência frente as dificuldades vivenciadas no contexto atual. Pesquisou-se também os fatores que levam à depressão, ideação, tentativa e suicídio na adolescência, além de conhecer possíveis estratégias de prevenção. O método utilizado foi a revisão de literatura narrativa. Identificou-se que o grupo familiar tem potencial para gerar relações positivas e adequadas quando apresenta apoio e apego entre seus membros. Além disso, as intervenções de prevenção ao suicídio que abordem questões relacionadas à saúde mental, bem como a importância e o papel das relações familiares, treinamento dos profissionais no contexto de escola, acompanhamento multidisciplinar, reconhecimento dos sinais do comportamento suicida e encaminhamento para os profissionais da saúde são fundamentais. Além disso, a detecção precoce destes casos torna-se imprescindível para preservar as vidas dos adolescentes. Outro fator importante a ser destacado é o cyberbullying que afeta o cotidiano dos adolescentes. Conclui-se que oportunizar um espaço de escuta e acompanhamento para eles parece ser uma efetiva estratégia de prevenção e enfrentamento ao suicídio.