Este estudo objetiva analisar a relação da ansiedade e estresse no desempenho de acadêmicos do curso de Odontologia em avaliações sob metodologia ativa. Caracteriza-se como transversal e retrospectivo, com abordagem quantitativa desenvolvida através de formulário eletrônico, com 71 acadêmicos do curso de odontologia de uma ficha de identificação do participante, do inventário beck de avaliação da ansiedade (BAI), e da ficha de percepção de estresse antes, durante e após a metodologia ativa aplicada em suas avaliações. Percebeu-se maior parcela de estudantes com idade entre 18 e 24 anos (80,02%), apresentando entre 1 e 3 horas diárias de estudo (30,98%). Quanto a avaliação de ansiedade, maior grau de ansiedade moderada ou grave (53,5%). Contudo, na análise do valor médio atribuído ao estresse, observou-se predominância antes e durante a avaliação, tendo redução após seu término (6,30±3,07; 6,73±2,85; e 3,42±3,16, respectivamente). Ao estabelecer a correlação entre os valores médios de percepção de estresse e os níveis de ansiedade, percebeu-se correlação positiva, moderada e significativa nos três momentos avaliados (p<0,05) e ainda obteve-se diferença significativa entre os valores de estresse durante (A) e após a avaliação (B) com os valores de nota indicados pelos acadêmicos (A:[F(1,718) = 529,27; p> 0,037]; B:[F(10,24) = 569,7; p<0,001]). Portanto, reforça-se a percepção multifatorial da influência no desempenho acadêmico, podendo o estresse e ansiedade serem estimulantes ou bloqueadores desse desempenho, cabendo ao docente o uso de metodologias que estimulem um resultado mais próximo da realidade de aprendizado do educando.