O déficit habitacional brasileiro vem apresentando números cada vez maiores com o passar dos anos, chegando à marca recorde de 7,7 milhões em 2017. Esse problema social assola o país há mais de cem anos apesar dos diversos programas governamentais para combate-lo. A eficácia desses programas depende intrinsecamente dos sistemas construtivos disponíveis para que essas habitações sociais sejam construídas. Com essa perspectiva, esse artigo aborda o tema através de uma revisão sistemática da literatura buscando identificar os principais sistemas construtivos utilizados no país nos últimos 20 anos para a construção de habitações de interesse social, apontando suas especificações e debatendo sobre seus benefícios e desafios. Observou-se que a comunidade científica dispõe de bastante pesquisa em relação a vários modelos construtivos, onde entre eles se observa propostas inovadoras com grandes ganhos para a construção de habitações sociais atrelados a preservação do meio ambiente com controle de resíduos e racionamento de água, no entanto, a alvenaria convencional, que é utilizado desde a década de 1930, continua imperando como o sistema construtivo mais utilizado. Alternativas como o Light Steel Frame, Light Wood Frame, Concreto-PVC entre outros, se apresentam como possíveis substitutos, mas ainda precisam superar a barreira da baixa industrialização do país e da falta de especialização da mão de obra.