A automedicação é um fenômeno crescente na sociedade e ganha especial relevância no contexto dos estudantes de medicina. Este grupo, frequentemente pressionado pela busca incessante por desempenho acadêmico e sobrecarregado por múltiplas responsabilidades, tem apresentado um aumento preocupante no uso de psicoestimulantes como forma de automedicação. Esse comportamento, se não adequadamente investigado, pode gerar sérios riscos à saúde dos futuros profissionais da área. O objetivo do estudo foi analisar a prevalência, as motivações e os impactos a longo prazo da automedicação com psicoestimulantes entre estudantes de medicina. Trata-se de uma revisão narrativa/descritiva da literatura, com abordagem qualitativa, na qual foram analisados diversos estudos acadêmicos que abordavam o tema. Foram selecionados dez estudos considerados relevantes para a discussão, oferecendo uma base consistente para a compreensão do fenômeno da automedicação entre esses estudantes. Concluiu-se que a dependência e a tolerância aos psicoestimulantes se revelam como sérios riscos à saúde física e mental dos estudantes, afetando sua capacidade de enfrentar desafios acadêmicos e pessoais. A busca por melhor desempenho cognitivo pode, com o tempo, transformar-se em uma necessidade compulsiva, levando a alterações neurofisiológicas que favorecem o desenvolvimento de transtornos como a depressão. É essencial que intervenções sejam implementadas para reduzir o uso inadequado dessas substâncias e promover uma abordagem mais saudável ao manejo das pressões acadêmicas.