Disfunção temporomandibular e fatores psicológicos: uma revisão de literatura

Abstract

O estudo objetivou revisar a literatura sobre a relação entre disfunção temporomandibular (DTM) e fatores psicológicos. Trata-se de uma revisão de literatura com abordagem qualitativa. As bases de dados foram PubMed e BIREME, no período de 2008 a 2018. Como critérios de inclusão: artigos publicados na língua inglesa, com os descritores “temporomandibular joint disorder”, “anxiety”, “depression”, “stress’’ e ‘‘psychological”. Foram excluídos os artigos de revisão de literatura e artigos onde o componente psicológico foi apenas citado e não avaliado propriamente. Caracterizaram-se oito artigos, dos quais os resultados apontaram a correlação significativa entre DTM e comorbidades psicossociais, somáticas e comportamentais. Os fatores psicológicos como somatização, depressão, ansiedade e angústia, principalmente relacionadas ao gênero feminino, configuram um impacto significativo na prevalência de DTM. Nota-se que existe relação aos fatores citados, dessa forma, necessita da assistência interdisciplinar em virtude da natureza físico-psicológica, ou seja, participação da psicologia para intensificação do tratamento odontológico.

Disfunções Temporomandibulares E Fatores Psicológicos: Uma Revisão De Literatura

“…A DTM tem sido compreendida como uma condição produzida por múltiplos fatores, sejam eles psicológicos ou físicos (De La TorreCanales et al, 2018;Dworkin et al, 1990;Maia et al, 2021;List& Jensen, 2017;Oral et al, 2009;Slade et al, 2007). Com base nos dados encontrados, foi possível identificar a utilização de conceitos psicológicos como medidas de resultado para intervenções odontológicas em casos de DTM.…”

“…A causa da DTM é multifatorial, podendo ocorrer em toda a população, independentemente de idade e gênero, geralmente é associada a fatores psicológicos, hiperatividade muscular, lesões, dentre outros fatores (Avrella et al, 2015). Diversos autores (De La TorreCanales et al, 2018;Dworkin et al, 1990;Maia et al, 2021;List & Jensen, 2017;Oral, Bal Küçük, Ebeoğlu, & Dincer, 2009;Slade et al, 2007;Sójka, Stelcer, Roy, Mojs, & Pryliński, 2018) indicam que variáveis fisiológicas ou psicológicas podem interagir na etiologia da disfunção, mas que não há um consenso sobre as relações entre tais fatores, exigindo novos estudos que busquem delimitar esta interação. Gameiro, Silva Andrade, Nouer e Arruda Veiga (2006) argumentam que existe uma necessidade de considerar fatores psicológicos como estresse, depressão e ansiedade como agentes causadores da DTM.…”