Dislipidemia em crianças e adolescentes de diferentes faixas etárias residentes no município de Goiânia

Abstract

Objetivo: Investigar a presença de dislipidemias e o estado nutricional em um grupo de pacientes, de zero a doze anos, residentes no município de Goiânia. Metodologia: Estudo analítico do tipo série de casos, no qual foram analisados 130 prontuários eletrônicos de pacientes de 0-12 anos residentes em Goiânia Os participantes foram divididos em quatro grupos de diferentes faixas etárias: o grupo 1 são crianças de zero a três anos, o grupo 2 de quatro a seis, o grupo 3 de sete a nove e o grupo 4 de dez a doze anos. Os dados coletados foram: gênero, idade, peso, altura e exames laboratoriais alterados. O Score Z foi calculado no softwear profissional Cookie® e segue as recomendações do SISVAN/DATASUS (Vigilância Alimentar e Nutricional) que são baseados em critérios da OMS. E a dislipidemia foi classificada de acordo com a elevação do perfil lipídico. Os dados obtidos foram dispostos em planilhas no Microsoft Excel® (versão Office 2007) e para o processamento dos resultados utilizou-se estatística descritiva. Resultados: No grupo 1 foram analisados 40 prontuários e observou-se que 40% das crianças apresentavam dislipidemia e 5% eram obesas, a associação de dislipidemia e obesidade foi de 0%. Dos 30 prontuários analisados no grupo 2 20% apresentavam dislipidemia e 17% eram obesos, 6,7% eram obesos e dislipêmicos. No grupo 3 foram analisadas 30 crianças, 40% apresentavam dislipidemia e 23% obesidade, 6,7% eram obesos e dislipêmicos. Já o grupo 4, após avaliação de 30 prontuários observou-se que 30% dos adolescentes apresentavam dislipidemia e 60% obesidade, a associação de dislipêmicos e obesos foi 13,3%. Conclusão: Foi observado um número significativo de crianças e adolescentes residentes em Goiânia que apresentam dislipidemia e obesidade, porém o fato de as crianças terem apresentado obesidade não necessariamente associa-se com o quadro de dislipidemia. Tais dados são importantes para elaboração de políticas de saúde pública que podem auxiliar em estatísticas do SISVAN/DATASUS. Dessa forma incentivar a população goiana e outras comunidades a cuidar da sua alimentação. A melhor forma de evitar e tratar essas doenças na fase infantil é a dietoterapia e regularização da pratica de atividades físicas.

Dislipidemia Na Infância

“…Em alguns casos mais graves, podem surgir xantelasmas, xantomas e até hepatomegalia A detecção destes achados na infância é fundamental para facilitar o diagnóstico e iniciar o tratamento o mais breve possível, a fim de evitar a progressão da estria gordurosa para placa fibrosa, reduzindo assim, o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta (CHACRA et al, 2013). O rastreio precoce deve ser feito naqueles com história familiar de obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças vasculares periféricas, além de pacientes adotados sem registro do histórico familiar (GUEDES et al, 2022). Os valores das lipoproteínas são influenciados por vários fatores, como aspectos metabólicos, genéticos, ambientais, sexo, idade e etnia.…”

Perfil sociodemográfico e metabólico de adolescentes nascidos a termo e pré-termo

“…Estudo realizado com crianças e adolescentes no estado do Rio Grande do Sul apontou que 34,7% dos participantes apresentaram hipercolesterolemia (Calliari, et al, 2019). Assim como, no estado de Goiás, 36,7% das crianças e adolescentes na faixa etária entre 10 e 12 anos, apresentaram dislipidemias, sendo que em 13,3% esteve associado à obesidade (Guedes, et al, 2022).…”

Análise do perfil nutricional de crianças de 2 a 5 anos no município de Trindade- Goiás

“…Desempenha importante fator de risco nas manifestações de diversas doenças não transmissíveis, como a resistência insulínica, dislipidemia, hipertensão arterial, levando ao aumento de fatores de risco cardiovascular, risco de acidente vascular encefálico, aumento na morbimortalidade no adulto jovem, dentre outros. Além disso, destaca-se também o acometimento psicológico que se inicia na infância, atingindo aproximadamente 100% das crianças (Burns, et al, 2017;Guedes, 2022;Mazur, 2015;).…”