Objetivo: Descrever a situação epidemiológica da hanseníase no estado do Acre. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa realizado no estado do Acre por meio do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de 2004-2012. Resultados: Foram registrados 2691 casos de hanseníase. 60,6% no sexo masculino, com idade maior que 15 anos (90,1%), cor parda (81,2%), ensino fundamental incompleto (55,9%), procedentes da zona rural (61,4%). 49% dos casos apresentaram forma clínica dimorfa, 80,2% grau de incapacidade zero no momento do diagnóstico. Em 2011 dos 2146 contatos registrados apenas 478 foram avaliados. Conclusão: Apesar do predomínio do grau de incapacidade física ser zero no momento do diagnóstico, a presença marcante da forma clínica dimorfa, o baixo percentual de busca ativa dos contactantes podem indicar manutenção da cadeia de transmissão e alta prevalência oculta da hanseníase, o que remete a uma dificuldade operacional dos serviços de saúde em realizar o diagnóstico precoce.