A fauna edáfica é usada como bioindicador de qualidade do solo, pois é capaz de transformar o solo, sendo, altamente sensível às modificações ambientais. Possui uma diversidade de invertebrados que vive permanentemente ou que apresenta um ou mais ciclos de vida no solo que variam muito em tamanho e diâmetro, o que lhes concede habilidades nos métodos de alimentação e adaptação ao hábitat. Assim, objetivou-se identificar e classificar os diferentes grupos da macro e mesofauna do solo, estudar sua abundância e diversidade em dois períodos do ano, em um fragmento de caatinga em Redenção, Ceará. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental (FEP) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), onde foram instaladas 72 armadilhas para coleta da macro e mesofauna nos períodos seco (2015) e chuvoso (2016). Os organismos capturados foram triados, contados, identificados e classificados em grandes grupos. Foram calculados: densidade e riqueza de grupos e índices de diversidade e uniformidade do solo. Registrou-se 23515 e 18962 indivíduos nos períodos seco e úmido, respectivamente. A riqueza total foi de 43 grupos no período seco e 41 no período chuvoso. Os grupos mais representativos (97%) pertencem a 12 ordens, distribuídas em quatro classes, sendo Entomobryomorpha, Hymenoptera (Formicidae), Diptera, Acarina, coleoptera e poduromorfa, as mais abundantes. A sazonalidade não alterou composição da fauna edáfica, porém o período chuvoso favoreceu maior diversidade e equabilidade entre os grupos da pedofauna identificados.