RESUMO As plantas medicinais representam um dos principais recursos terapêuticos utilizado pelo homem para a cura e prevenção de doenças, no entanto, para que o tratamento seja seguro e eficaz é necessário conhecer seus componentes químicos. Dessa forma, o intuito deste trabalho foi determinar os parâmetros farmacognosticos para o estabelecimento do controle de qualidade da droga vegetal composta pelas folhas de Erythroxylum suberosum A. St.-Hil., pertencentes à família Erythroxylaceae ocorrente no Cerrado. Para tanto, foram coletadas folhas adultas nas proximidades da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO. Foram determinados o teor de umidade por meio de balança com irradiação de raios infravermelho e o teor de cinzas totais. Na prospecção fitoquímica foram pesquisadas as classes de metabólitos secundários e realizou-se o doseamento de fenóis totais, flavonoides e taninos totais. Os resultados dos testes de pureza realizados, teor de umidade e teor de cinzas totais, estão de acordo com os limites estabelecidos pelas especificações farmacopeicas. As análises fitoquímicas evidenciaram a presença de flavonoides, taninos, cumarinas, saponinas e resinas. No doseamento de fenóis totais, taninos e flavonoides presentes nas folhas de E. suberosum A. St.-Hil. obteve-se respectivamente 17,97%, 6,31%, 3,87%. Estes resultados confirmam os dados da literatura quanto à presença destes compostos em Erythroxylaceae, pois de acordo com nas folhas de E. tortuosum obteve-se valores de 10%, 8,4% e 0,064% de Fenóis, Taninos e flavonoides, respectivamente e nas folhas de E. deciduum foram encontrados 12,04% de fenóis totais, 0,87% de taninos e 1,37% de flavonoides. Os resultados encontrados no presente trabalho também se tornam relevantes quando comparadas as quantidades desses metabólitos com espécies clássicas na biossíntese de compostos fenólicos como o teor de taninos de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville e em Eugenia uniflora L. foi de 29,9% e 2,96%, respectivamente. Teores de flavonóides que variaram entre 0,65% a 0,79% na Calendula officinalis L. e Ginkgo bilobaL. 0,59%, 0,75% e 0,79%. Sendo assim, a quantidade considerável de compostos fenólicos obtida em E. suberosum A. St.-Hil. sugere que a espécie possua um importante potencial terapêutico e quem sabe potencial antioxidante, a ser explorado em estudos posteriores.