“…Existe uma série de sítios arqueológicos na Amazônia com evidências de mudanças culturais, em diferentes regiões, em torno do ano 1.000±400 DC, como: Aparecimento de sítios com conjuntos de estruturas montículares, de formato elipsoidal, no sudoeste amazônico (estado do Acre). Ao que tudo indica, esses assentamentos seriam posteriores aos sítios com valas (geoglifos), construídos no início do primeiro milênio DC (SAUNALUOMA et al, 2018); Expansão da Tradição Uru, que pode ter uma origem amazônica (alto rio Guaporé), em direção a leste. Suas evidências são encontradas em áreas de Cerrado, na região do médio e alto rio Tocantins e Araguaia (ROBRAHN- GONZALEZ, 1996) Construção de estruturas megalíticas, associadas às cerâmicas Aristé, no norte do estado do Amapá e a expansão da cerâmica Koriabo em várias regiões das Guianas (SALDANHA, 2016;CABRAL, 2011;CABRAL e SALDANHA, 2008); Apogeu e declínio da fase Marajoara (Tradição Policroma da Amazônia) e a construção dos tesos, na foz do Amazonas, em concomitância com outras cerâmicas, como a Aristé (SCHAAN, 2008); Expansão territorial e aumento de sítios arqueológicos relacionados à fase Santarém, na foz do Tapajós, e a fase Konduri na região do Nhamundá-Trombetas, ambos da Tradição Inciso Ponteada (QUINN, 2004;JÁCOME, 2017); Chegada dos antepassados dos atuais povos Arawak, na região do alto rio Xingu, representado na cerâmica da fase Ipavu (Tradição Inciso Ponteada) (HECKENBERGER, 2005;TONEY, 2016); Surgimento da cerâmica Huapula, provável correlato dos atuais grupos Jívaros/Achuar, na região da Alta Amazônia, no Equador (ROSTAIN, 2006); Ascensão da cultura Chachapoya no interflúvio Marañon-Huallaga, no Peru (CHURCH & VON HAGEN, 2008).…”