Doença De Chagas: Estudo Dos Indicadores Bibliométricos E Da Mortalidade Associada Ao Agravo No Brasil, 2008-2018

Produção Científica Brasileira Sobre Sífilis Congênita: Um Estudo Bibliométrico a Partir Da Base Scopus / Brazilian Scientific Production About Congenital Syphilis: A Bibliometric Study Using the Scopus Database

“…É importante frisar que o levantamento foi feito em abril de 2020 e que novas informações são geradas a todo o momento e, em função disso, podem ocorrer atualizações dos resultados utilizados. Outras bibliometrias também optaram por utilizar a Scopus, uma vez que essa base é responsável por indexar inúmeros títulos acadêmicos de qualidade e com rigor metodológico, revisados por pares, anais de conferências, publicações comerciais, livros, páginas da web de conteúdo científico e patentes (CARDOSO et al, 2021;CARDOSO et al, 2020a;CARDOSO et al, 2020b;CARDOSO et al, 2020c;QUARTO, 2020;LIMA et al, 2020 Um dos pilares da bibliometria é a caracterização das publicações consoante ao país de origem (CARDOSO et al, 2020a;CARDOSO et al, 2020b;CARDOSO et al, 2020c;QUARTO, 2020;LIMA et al, 2020). Em todo o período estudado, totalizaram-se 984 publicações, financiadas por 135 países.…”

“…Estados Unidos da América (308 trabalhos; 31,3%), Brasil (138; 14,0%), Reino Unido (101; 10,2%), China (70; 7,1%), Índia (54; 5,4%), Suíça (54; 5,4%), Austrália (36; 3,6%), Canadá (36; 3,6%), Colômbia (32; 3,2%) e Itália (32; 3,2) (Figura 1). Os Estados Unidos da América, de acordo com Hook (2017) Outro pilar a ser analisado é a evolução temporal das pesquisas, bem como sua relação com a ocorrência de casos pelo agravo (CARDOSO et al, 2020a;LIMA et al, 2020 De acordo com Barreto (2006) a progressão da produção científica brasileira acontece de acordo com a busca pelo conhecimento sobre a atual situação da saúde coletiva nacional, assim como a tentativa de interpretação da atual conjuntura e a implementação de políticas públicas que abrangem as circunstâncias vivenciadas pela população. Essa afirmação é ratificada pelos dados apresentados pelo presente estudo, no qual houve paralelamente um aumento no número de publicações e adoecimentos por sífilis congênita.…”

“…Gray (2009) aponta que o uso de evidência científica no âmbito da saúde pública se torna um fator de qualificação na tomada de decisão. Logo, o aumento no número de publicações mostrase como elemento relevante, haja vista a tentativa de reconhecer os problemas (CARDOSO et al, 2020a;CARDOSO et al, 2020b;CARDOSO et al, 2020c;QUARTO, 2020;LIMA et al, 2020). A Tabela 1 mostra que a área do conhecimento com a quantidade de trabalhos sobre sífilis congênita foi a medicina (n=119; 86,2%), seguida pela imunologia e microbiologia (n=13; 9,4%), enfermagem (n=12; 8,6%), ciências biológicas (n=6; 4,3%) e bioquímica, genética ou biologia molecular (n=5; 3,6%).…”

“…O artigo foi a modalidade mais recorrente (n=121; 87,6%) (Tabela 1); reforçando que esse tipo de publicação é o recurso atual mais frequente na divulgação de pesquisas (CARDOSO et al, 2020a;CARDOSO et al, 2020b;CARDOSO et al, 2020c;QUARTO, 2020;LIMA et al, 2020). Ademais, as instituições FIOCRUZ (n=26; 18,8%), USP (n=20; 14,4%), UNIFESP (n=14; 10,1%), UNIFOR (n=13; 9,4%) e UFMG (n=12; 8,6%) merecem destaque (Tabela 1).…”

“…Assim, percebe-se que a sífilis congênita é uma enfermidade de interesse global para pesquisas. Porém, as produções científicas estão diretamente vinculadas ao nível de desenvolvimento de um país(CARDOSO et al, 2020a;CARDOSO et al, 2020b;QUARTO, 2020;LIMA et al, 2020). O Brasil, ainda que seja um país emergente, é responsável por um grande volume de publicações, algo possivelmente ligado ao perfil epidemiológico do país.…”