2020
DOI: 10.4000/pontourbe.9502
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Doença, violências e racismo: a pandemia do novo coronavírus em Florianópolis/SC 1

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
0
0
4

Year Published

2022
2022
2023
2023

Publication Types

Select...
2

Relationship

1
1

Authors

Journals

citations
Cited by 2 publications
(4 citation statements)
references
References 2 publications
0
0
0
4
Order By: Relevance
“…Diante dessa ostensividade da matabilidade como forma de governo, as regulações sociais e morais pensadas nos processos de demandas por vidas ocupam as ruas evidenciam como a presença da ausência se manifesta na luta de "revolucionar pela vida", como dito por uma interlocutora de pesquisa que participou da organização de atos contra a violência policial em Florianópolis Anjos, 2020). A luta é explicitada como forma de resistir e mobilizar, reconfigurando o Estado como uma margem indeterminada e mutável que se limita, na vida cotidiana, como uma definição instável ao corpo de cada um daqueles que buscam ser reconhecidos como cidadãos (Caldeira, 2000).…”
Section: Matabilidade Como Forma De Governounclassified
See 2 more Smart Citations
“…Diante dessa ostensividade da matabilidade como forma de governo, as regulações sociais e morais pensadas nos processos de demandas por vidas ocupam as ruas evidenciam como a presença da ausência se manifesta na luta de "revolucionar pela vida", como dito por uma interlocutora de pesquisa que participou da organização de atos contra a violência policial em Florianópolis Anjos, 2020). A luta é explicitada como forma de resistir e mobilizar, reconfigurando o Estado como uma margem indeterminada e mutável que se limita, na vida cotidiana, como uma definição instável ao corpo de cada um daqueles que buscam ser reconhecidos como cidadãos (Caldeira, 2000).…”
Section: Matabilidade Como Forma De Governounclassified
“…A partir de dados etnográficos produzidos em pesquisa realizada nas regiões metropolitanas de Florianópolis e do Rio de Janeiro, proponho pensar desde uma perspectiva antropológica sobre essa dinâmica e como ela se atualiza no contexto da pandemia de Covid-19. Essa perspectiva tem sido descrita e refletida em uma série de trabalhos sobre como se dá a explicitação cada vez maior das desigualdades sociais e raciais, e a distribuição diferencial da violência: sobre a ação de agentes estatais por meio de operações policiais em favelas e periferias urbanas Dirk, 2021;Anjos, 2020), e sobre a omissão e ausência de políticas públicas no cuidado de populações socialmente vulnerabilizadas (Grossi;Toniol, 2020;Pierobon;Lacerda;Rui, 2021). Tais enquadramentos evidenciam uma gestão desregulada intencional por parte do governo federal brasileiro durante a pandemia, que promoveu mortes e adoecimento na população, por meio de uma série de normas para a flexibilização das medidas sanitárias recomendadas por cientistas e organismos internacionais, promovendo a exposição ao vírus como forma de controle pandêmico (Ventura;Reis, 2021).…”
unclassified
See 1 more Smart Citation
“…Não só instituições de saúde aparecem nos itinerários terapêuticos das mães com suas crianças, mas também todo um circuito burocrático, administrativo, familiar etc. Estudos recentes sobre efeitos da Covid-19 sobre populações vulneráveis têm apontado as dificuldades estruturais para a concretização das medidas de distanciamento e isolamento social em favelas e periferias, seja em função dos espaços diminutos (Parreiras 2020;Mattar & Azize 2020), seja em função das obrigações de trabalho (Medeiros & Anjos 2020). Faustino (2020) apresenta o argumento provocativo de que "a quarentena não chega na periferia", afirmando que a gestão da pandemia é uma forma de necropolítica de classe e raça, uma vez que a principal recomendação das autoridades mundiais de saúde -o isolamento social -não pode ser cumprido pela parcela pobre e negra da população (Faustino 2020).…”
Section: Acessando Direitosunclassified