Doenças E Agravos Prevalentes Em Crianças De Uma Creche Pública: O Olhar Dos Funcionários Da Creche

Abstract

Dentre os espaços de cuidados à criança, a creche tem sido motivo de estudo no que diz respeito aos agravos à saúde infantil, por compor um ambiente coletivo, aumentando a circulação de agentes patogênicos. O objetivo deste estudo foi identificar doenças e agravos prevalentes em crianças que frequentam a creche, pelo olhar dos funcionários. Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo. 47 profissionais integraram o estudo, a faixa etária prevalente estava entre 15-30 anos (66%). Quanto ao cargo ocupado, 54,7% estavam na instituição a menos de um ano, e 19,1% eram estagiários. Para 93,3% dos entrevistados, as gripes e resfriados são as principais doenças/agravos prevalentes nas crianças da creche. Além disso, 76,6% identificaram que são realizadas ações de prevenção e promoção da saúde, e 34% afirmaram que o público alvo das ações são os funcionários da creche. 68,1% relataram que o público alvo deve ser todos os envolvidos no desenvolvimento da criança. 40,4% assinalaram que a frequência das ações de prevenção deveria ser duas ou mais vezes no mês. Com isso, destaca-se a necessidade de realização de ações de promoção da saúde que envolvam os pais, crianças e os funcionários da creche a fim de garantir a integralidade do cuidado.

Educação em saúde no contexto da pré-escola: um relato de experiência

“…Trabalhar com temáticas voltadas à saúde na primeira infância não se constitui uma tarefa fácil, já que a mesma depende de uma gama de fatores que possam contribuir para o crescimento e desenvolvimento da criança. Low ST, et al (2019) em seus estudos mencionam que, na perspectiva de funcionários de préescolas de periferias, as doenças e agravos prevalentes na primeira infância são: diarreia, quedas, escabiose, disenteria, otite, pediculose e conjuntivite.…”

Ações de saúde desenvolvidas em escolas de educação infantil sob a perspectiva dos professores

“…Apesar das EEI terem o papel de assistência integral, elas são instituições que carecem de atenção da área da saúde por diversos f atores, tais como, a imaturidade do sistema imunológico da criança, a qual pode contribuir para o adoecimento desse grupo, sendo as doenças inf ecciosas as mais comuns devido à aglomeração de indivíduos em condição de jornada de seis a doze horas de convivência, sendo este um local f avorável para a promoção da saúde inf antil (ALENCAR NMM, et al, 2017; LOW ST, et al, 2019). Em vista disso, as EEI tornaram-se uma proposta de política pública não somente no setor da educação, como também na área da saúde (VIEIRA AG, et al, 2017).…”

Visita domiciliar para promoção à saúde e prevenção de agravos em lactentes: contribuições da equipe da Estratégia Saúde da Família

“…Atuar sobre os fatores de risco pode diminuir a probabilidade de recidivas, prevenindo os agravos e promovendo a saúde do lactente.O estilo de vida atual das famílias mudou o comportamento social do cuidado infantil, que tende a ser realizado fora do ambiente domiciliar. Hoje a creche tem atribuições que vão além do cunho educacional, envolvendo também cuidados com a saúde, segurança física, emocional, higiene, alimentação e afeto 35. Há associação entre frequentar creche e a maior ocorrência de quadros sintomáticos e doenças e infecções nas crianças menores de um ano.…”