O objetivo deste estudo foi examinar a relação entre o tempo diário de exposição às telas e a habilidade de reconhecer expressões faciais emocionais. Um total de 60 crianças, com idades entre oito e onze anos, de ambos os sexos, participaram deste estudo, sendo divididas em dois grupos: o grupo controle, com até duas horas de exposição diária às telas, e o grupo de estudo, com mais de duas horas de exposição. Foram aplicados os seguintes questionários: sociodemográfico, rastreamento do desenvolvimento, teste de Acuidade (triagem), teste de reconhecimento de expressões faciais emocionais e o Diário do uso de mídias para monitorar o uso das telas. Os resultados revelaram que as variáveis alegria (40% e 55%), medo (70%) e tristeza (40%) mostraram associação entre as variáveis "tempo de tela" e "emoções faciais e suas intensidades". Isso indica que o grupo de estudo teve um desempenho significativamente inferior em identificar essas intensidades em comparação com o grupo controle. Os resultados obtidos ajudaram a compreender como a alta exposição ao tempo de tela pode interferir no reconhecimento das expressões emocionais de médias intensidades. Este estudo traz como contribuição a expansão de pesquisas a fim de que sejam apurados riscos e efeitos dos dispositivos eletrônicos associados ao desenvolvimento das emoções.