Este trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da dor crônica na qualidade de vida dos pacientes antes e após serem submetidos à hernioplastia inguinal (HPI). Apresenta-se como uma coorte prospectiva, composta por 67 pacientes submetidos à hernioplastia inguinal por meio da técnica de Lichtenstein. Foram avaliados pelo questionário de qualidade de vida SF-36, Escala de Estimativa Numérica da Dor (EEND) e instrumento de coleta de dados. A coleta ocorreu em duas etapas, a primeira antes da cirurgia de HPI e a segunda 3 meses após. Dados qualitativos foram apresentados na forma de frequência simples e relativa, quantitativos em média e desvio padrão. Como resultados obtidos, a prevalência total da dor reduziu de 95,52% para 53,73% após três meses da HPI. 41,79% permaneceram com dor leve após HPI, 10,45% moderada, 1,48% intensa e nenhum paciente dor insuportável. 80,60% dos pacientes que apresentavam dor obtiveram o êxito de reduzir o nível após HPI. Dentre os domínios do SF36, aqueles que apresentaram significância alteraram a média da seguinte maneira: aspecto físico, dor, capacidade funcional, saúde mental, aspectos sociais e aspectos emocionais. Os domínios: estado geral de saúde e vitalidade não obtiveram significância. A dor crônica não proporcionou grande impacto na qualidade de vida dos pacientes após a HPI. A redução na prevalência e intensidade da dor após a cirurgia, a melhora ao desempenhar suas atividades e de sua imagem corporal são os fatores impulsores na grande melhora da qualidade de vida dos pacientes.