O empreendedorismo social, aliando o social ao empresarial, pode ser considerado a energia que as organizações, as pessoas e a própria sociedade precisam, não só para a resolução dos problemas sociais que vão surgindo, mas, ao mesmo tempo, para o seu desenvolvimento, disseminação e replicabilidade.
Desde 2009, ano em que foi decretado pela União Europeia (UE), o ano Europeu da criatividade e inovação, que se tem despertado para um interesse e necessidade de, cada vez mais, se apostar na inovação e no empreendedorismo de base social.
É neste enquadramento que surge o presente artigo, sendo uma revisão e ao mesmo tempo reflexão, sobre as questões em torno do empreendedorismo e da inovação social, tendo na sua base a resposta a uma questão, todas as inovações, podem ser consideradas de sociais, ou será este um cliché a que nos fomos habituando?!
Da análise desenvolvida, é possível conferir que a inovação social é uma nova maneira de intervir, dando resposta aos problemas sociais existentes, ajudando o próprio empreendedorismo social e o empreendedor a desenvolver e disseminar as suas ideias e projetos. No fundo, falamos de uma capacidade de recriação, assumindo-se cada vez mais como uma maior necessidade.
Ao mesmo tempo e perante os resultados da análise, foi possível percecionar que nem todas as inovações são inovações sociais e nem todas geram valor social, podendo subsistir um lado negro, no fundo, falamos em motivos egoístas, por detrás da missão social.