Este artigo tem como foco de análise problematizar os discursos sobre gênero e docência a partir dos enunciados dos (as) discentes e docentes do curso de Pedagogia da UESB. Utilizamos autores como Louro (2011), Foucault (1988, 2008), Miskolci (2007, 2016), Miskolci e Campana (2017), Oliveira e Oliveira (2018a, 2018b), Paraíso (2004, 2018), Rodrigues e Facchini (2018), Borrillo (2010), Junqueira (2007), Carrara (2015), Britzman (1996), Arruda e Soares Júnior (2021), dentre outros. As perspectivas que organizam as análises amparam-se nos estudos pós-críticos das relações de gênero, sexualidade e educação. Como técnicas de produção de discursos foram utilizados a entrevista semiestruturada e o grupo focal com 6 (seis) docentes (1 homem e 5 mulheres) e 10 (dez) discentes (8 mulheres e 2 homens) do curso de Pedagogia. Constatamos que as falas dos sujeitos se encaminham mais para uma discussão em torno das sexualidades; é como se falar sobre gênero fosse falar de sexualidade e das questões que a envolvem. O discurso da “ideologia de gênero” e do “kit gay” ganhou visibilidades nas falas dos sujeitos, são slogans que têm provocado um pânico moral em todo o país e prejudicado o debate a respeito das questões de gênero e sexualidade.