O presente estudo reflete uma demanda social, decorrida da pandemia do COVID-19, que impulsionou as escolas a adentrarem abruptamente em uma nova concepção de tempo e espaço, que difundiu-se sob a denominação de modelo remoto. Consequentemente, o movimento inaugurou novas problemáticas, sendo uma delas a necessidade de seguir os princípios da educação emancipatória formando estudantes ativos, críticos e reflexivos, a partir do uso de recursos disponíveis em ambientes virtuais. Assim, objetivou-se descrever uma experiência exitosa desenvolvida em uma perspectiva multidisciplinar, relacionando as aulas de Ciências e Geografia, ao longo do primeiro semestre letivo de 2021, com 115 estudantes participantes, vinculados aos anos finais do Ensino Fundamental II de uma escola particular, de médio porte, situada na região Sul de Minas Gerais. Desenvolveu-se na forma de estudo de caso, utilizando-se da observação sistematizada, com registros diários e entrevista semiestruturada, oportunizando a efetivação de uma análise quanti-qualitativa. Identificou-se, sobretudo, o desenvolvimento ativo de conhecimentos voltados às disciplinas de Ciências e Geografia por parte dos estudantes. E, consequentemente, a ampliação do repertório acadêmico de experiências concretizadas em ambientes virtuais, vislumbrando novas metodologias de configuração de um ensino remoto pretensiosamente emancipatório. Acredita-se que práticas pedagógicas, como a descrita neste artigo, se perpetuarão independente da superação do modelo remoto, uma vez capaz de promove a aproximação da escola às demandas contemporâneas relativas a apropriação de conhecimentos sobre a utilização dos recursos tecnológicos.