Aos meus pais, e, principalmente, à minha mãe, pelo incentivo constante e entusiasmo em relação à minha vida acadêmica. Ao Roberto, meu orientador, pela paciência e solicitude durante todo esse processo e pela presença fundamental na construção do trabalho. À professora Silvia Possas, pela carta de recomendação para a bolsa no preparatório do CORECON-RJ. À Claudinha, pela força que deu a todos nós no curso, em todos os momentos. Aos amigos do CORECON e do mestrado, pela companhia. À Bia, à Mageu e à minha irmã Buengi, que ouviram as minhas reclamações sobre o processo de escrita. À banca de defesa, pela disponibilidade, e à banca da qualificação, que ofereceu comentários que influenciaram diretamente os rumos do trabalho. Aos funcionários do IE, que me ajudaram em diversos momentos. Aos professores, pela experiência formativa. Aos sambas de Barão, por saúde e alegria.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001.Para Tat'etu Kingongo e Tat'etu Pambunjila.
ResumoO trabalho consiste numa análise da taxa de câmbio brasileira nas décadas de 2000 e 2010, sob a perspectiva da gestão de riqueza internacional no capitalismo financeirizado, considerando o caráter hierárquico do Sistema Monetário e Financeiro Internacional e o papel do mercado de derivativos sobre a dinâmica do mercado de câmbio brasileiro. Busca-se compreender como as moedas periféricas, como é o caso do Real, tornam-se suscetíveis a movimentos intensos de apreciação e depreciação das suas taxas de câmbio conforme os ciclos internacionais de liquidez. O crescimento do mercado brasileiro de derivativos de câmbio, sobretudo a partir de 2004, introduziu uma particularidade ao mercado de câmbio brasileiro, qual seja, uma relevância pronunciada do mercado futuro na dinâmica do mercado de câmbio de forma geral.O objetivo do trabalho é realizar uma análise do mercado de câmbio brasileiro nas décadas de 2000 e 2010, considerando as dimensões acima e sugerindo uma leitura atualizada da condição ilíquida do Real na hierarquia monetária internacional e da influência da condição periférica da economia brasileira na dinâmica do seu mercado de câmbio. Uma das conclusões do trabalho é a indicação da influência assimétrica do mercado de derivativos de câmbio sobre a taxa de câmbio do Real nas décadas de 2000 e 2010. Durante a década de 2000, esse mercado atua reforçando a tendência de apreciação, por meio das operações de carry-trade com derivativos cambiais. Na década de 2010, não assume papel ativo na tendência de depreciação da década de 2010, tampouco oferece resistência a ela. Outra conclusão é que os fluxos de capitais internacionais e o ciclo de liquidez internacional seguem sendo os principais determinantes da variação da taxa de câmbio do Real, o que reitera sua posição periférica na hierarquia monetária internacional na década de 2010.Palavras-chave: Economia Internacional; Hierarquia monetária; Fluxos internacionais de capitais; Mercado futuro.