Editorial

Abstract

Editorial

Evaluation of anthropometric indicators and food consumption in patients with type 2 diabetes mellitus

“…Resultado semelhante foi encontrado por Vignoli et al (2015) (30) que ao avaliarem o estado nutricional, consumo alimentar e qualidade de vida de portadores de DM2, evidenciaram que 74,07% apresentaram risco elevado para desenvolvimento destas doenças assim como em uma pesquisa com pacientes de uma Unidade Básica de Saúde no Pará, onde 56,10% dos participantes apresentaram risco alto e muito alto para desenvolver complicações metabólicas associadas à obesidade. (31) Outro indicador antropométrico utilizado para avaliar a incidência de gordura visceral é a relação cintura-altura pois a medida da circunferência da cintura apresenta proporcionalidade com a medida da altura de cada indivíduo (1) e para nosso estudo houve alta prevalência de inadequação deste indicador quando associado a outros, sendo, porém, observada a presença de obesidade abdominal nesta população de estudo. Isto pode ser explicado pela constituição da amostra, composta predominantemente por idosos, considerando que nesse estágio ocorrem mudanças na composição corporal, com armazenamento de tecido adiposo em maior quantidade na forma intra-abdominal e intramuscular ao invés de subcutânea, fator diretamente associado ao ganho de peso e gordura corporal e outras alterações metabólicas.…”

“…Porém, é importante enfatizar que a qualidade e a quantidade de carboidratos consumidos podem afetar os níveis glicêmicos, e o seu consumo deve incluir frutas, legumes e cereais integrais evitando fontes de carboidratos com altas concentrações de gorduras, açúcares e sódio. (1,33) O consumo de sacarose, por exemplo, foi considerado elevado, entretanto, seu consumo não é restrito a portadores de DM2, uma vez que não altera a glicemia mais do que outras fontes de carboidrato, apesar de sua recomendação ser moderada, pois em excesso, pode estar associado a hábitos nutricionais desequilibrados constituído por alimentos densos em energia e açúcares. (1) A baixa ingestão de fibras por parte dos participantes deste estudo, semelhante ao encontrado por Santos et al (34) evidenciou um consumo muito abaixo das recomendações da SBD que aponta efeitos benéficos na glicemia e no metabolismo de lipídios, além de favorecer a manutenção da função intestinal.…”

“…(1,33) O consumo de sacarose, por exemplo, foi considerado elevado, entretanto, seu consumo não é restrito a portadores de DM2, uma vez que não altera a glicemia mais do que outras fontes de carboidrato, apesar de sua recomendação ser moderada, pois em excesso, pode estar associado a hábitos nutricionais desequilibrados constituído por alimentos densos em energia e açúcares. (1) A baixa ingestão de fibras por parte dos participantes deste estudo, semelhante ao encontrado por Santos et al (34) evidenciou um consumo muito abaixo das recomendações da SBD que aponta efeitos benéficos na glicemia e no metabolismo de lipídios, além de favorecer a manutenção da função intestinal. (1) Sobre o consumo de proteínas, a maioria dos pacientes referiu dieta hiperproteica.…”

“…Com o auxílio do software Dietbox® que permite selecionar tabelas de composição de alimentos e realizar cálculos, os dados resultantes foram analisados com base nos Valores Nutricionais de referência, estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). (1) Os dados foram organizados no software Excel® e analisados no programa GraphPad Prism® versão 8.0.2. Foi realizada análise descritiva com apresentação dos valores mínimos, máximos, médias e desvios padrão, além de estatística inferencial com aplicação do teste de correlação de Pearson (18) que varia de -1 a 1, com ausência de correlação (r= 0,00), correlação muito fraca (r= 0,01 a 0,19), correlação fraca (r= 0,20 a 0,39), correlação moderada (0,40 a 0,69), correlação forte (r= 0,70 a 0,89), correlação muito forte (r= 0,90 a 0,99) e correlação perfeita com r= 1,00 indicando a força da relação entre as variáveis.…”

“…O diabetes mellitus é uma doença crônica não transmissível que acarreta ao paciente distúrbios metabólicos caracterizados por hiperglicemia crônica, em decorrência de alterações no metabolismo de macronutrientes resultantes da diminuição ou ausência de ação da insulina. (1) No diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ocorre deficiência relativa de insulina, caracterizado pela ausência de sua secreção ou diminuição de sua sensibilidade nos tecidos alvos o que pode desencadear hiperglicemia crônica. (2,3) Em 2019, a International Diabetes Federation (IDF) estimou a prevalência da doença em 463 milhões de adultos entre 20 e 79 anos, o que representou quase 9,5% da população mundial nessa faixa etária.…”