A formação docente na educação superior em saúde é atribuição da pós-graduação stricto sensu, contexto em que o estágio de docência (ED) surge como oportunidade para atender a esta finalidade. Este estudo teve por objetivo reconhecer os limites e as potencialidades do ED na formação de professores para a educação superior em saúde. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram incluídos oito artigos publicados a partir de 2015. Foi realizada análise de conteúdo temática, a partir das seguintes categorias: fragilidades, desafios, potências, oportunidades do ED. Constatou-se, como fragilidades, que o ED é apresentado como lugar da prática, de inquietações práticas e de desvios de finalidade, produzindo ideias da docência como atividade simples. Os desafios identificados foram: centralidade da pesquisa na pós-graduação, docência tecnicista, conteudista e transmissiva, incipiente formação pedagógica e orientada para o SUS, formação docente como capacitação, indefinição de papeis e de perfil docente, irrelevância no sistema de avaliação da pós-graduação. As potências indicadas foram: ED como lugar da experiência, de relações interpessoais, de apropriação operativa da docência, de contribuições do estagiário. Como oportunidades, foram observadas: ED como lugar de aprendizagem, de reflexão crítica sobre a prática, de formação docente como processo, de formação docente ampliada, de articulação ensino-pesquisa-extensão, flexibilidade normativa. Conclui-se que a docência reclama por priorização na pós-graduação, e que produzir novos e robustos conhecimentos sobre o ED contribuirá para a formação de professores comprometidos com a consolidação e o fortalecimento do SUS por meio da qualificação da educação superior em saúde.