Educação Ambiental e formação docente na Amazônia brasileira: contextos universitários e realidades cotidianas

Abstract

Na Amazônia brasileira, a formação docente no âmbito da universidade constitui-se como um importante objeto de disputas e negociações. Nas últimas décadas, tal objeto ganhou certas aproximações aos interesses que operam nas sutilezas das representações sociais e nas produções de inexistências — mais precisamente, das confluências que caracterizam a comercialização, a exploração e a violência, em sentido amplo. Em resposta às produções de inexistência, intensificou-se o interesse em (re)conhecer o processo de inserção da Educação Ambiental na formação em Pedagogia de docentes que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na rede pública municipal de Castanhal, Pará. O aporte teórico e metodológico foi orientado pelas contribuições da pesquisa qualitativa, pautada na vertente etnográfica da Teoria das Representações Sociais. Colaboraram com a pesquisa 121 docentes, os quais responderam ao questionário, complementado por dois grupos de discussão e pela observação participante. Os resultados indicam as dificuldades das instituições em estabelecer conexões e redes de construção e socialização de saberes quando contextualizadas na realidade cotidiana, sobretudo por meio dos segmentos de pesquisa e de extensão.

QUATRO DÉCADAS DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO DISCURSO AMBIENTAL: lógicas integrativas e restaurativas em currículos educativos

“…Com estes princípios -integrativo e restaurativo-os trabalhos que conformam este número desafiam as expressões e compreensões de currículo, na mesma medida em que questionam a posição das escolas, das universidades e de outros espaços educativos ao repensar o ambiente desde diferentes epistemologias, atores sociais, natureza e animais não-humanos na condição de sujeitos de direitos. Confrontam, portanto, "os cenários de produção de inexistências da realidade, de saberes e de práticas locais que sucumbem diante do fortalecimento dos mecanismos de reprodução cultural" (ANDRADE; CARIDE, 2017CARIDE, , p. 1615. Nesse sentido, este número da Revista Espaço do Currículo (REC) lança o desafio em sentido da necessária refundação do campo teórico, metodológico e epistemológico ambiental.…”

Valores, atitudes e comportamentos ambientais em estudantes do Ensino Médio em uma Escola Pública na Amazônia

“…Na Amazônia, os projetos de Educação Ambiental emergem em um cenário marcado por conflitos diante de distintos interesses político-econômicos e de identidade diversificada, com iniciativas de projetos de Educação Ambiental, frequentemente desenvolvidos de forma isolada (ANDRADE; GÓMEZ, 2017) Apesar dos grandes avanços legislativos, na prática, a sua implementação na Educação Básica tem enfrentado grandes dificuldades (NUNES;FRANÇA;PAIVA, 2017;MACHADO;TERÉN, 2018). Entre as dificuldades, está a necessidade de se adotarem ferramentas amplas de avaliação diagnóstica, incluindo aspectos de predisposição ambientais, como valores relacionados à ética ambiental, atitudes e comportamentos, que possam fornecer informações relevantes para o planejamento de estratégias de Educação Ambiental, de modo mais prático e eficiente.…”

Breve perspectiva de licenciandos sobre Temas Transversais: Meio ambiente, Saúde e Sexualidade

“…Dúvidas como essas expõe as dificuldades de desenvolver os TT, principalmente relacionadas com o estabelecimento de conexões e redes de construção e socialização de saberes a partir da realidade (Andrade & Gómez, 2017). Para auxiliar nestas questões, Pessano et al (2013) enfatizam a importância da contextualização para o desenvolvimento da Research, Society and Development, v. 9, n. 8, e326985337, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5337 4 EA e a possibilidade da formação discente se adequar à localização geográfica das escolas.…”