Este artigo tem por objetivo apresentar fundamentos epistemológicos da Educação Socioambiental, por meio de um estudo teórico realizado com vistas aos pressupostos que balizaram a Educação ambiental a partir da década de 1970. Trata-se, nesse sentido, de uma pesquisa bibliográfica realizada em livros, documentos, artigos e periódicos, no qual questionou-se: as orientações que nortearam a educação ambiental, implementada nos últimos anos, apontam que bases epistemológicas da educação socioambiental? A análise dos foi realizada por meio da técnica da análise de conteúdo, com o intuito de gerar intepretações, inferências e categorias que descortinassem elementos epistemológicos da educação socioambiental. O material compilado foi estruturado em três pilares (categorias): a) relação natureza e sociedade; b) relação ambiente e patrimônio; e c) relação ambiente e cidadania. Essas categorias foram subsidiadas, principalmente, pela Teoria da Complexidade do Conhecimento, sob o ponto de vista de Edgar Morin (2007, 2010), Morin, Ciurana e Motta (2009); na Complexidade Ambiental proposta por Enrique Leff (2003) e na discussão acerca da interdisciplinaridade fundamentada nas concepções de Silva (2009) e Fazenda (2011). Conclui-se, assim, que as bases epistemológicas da educação socioambiental evidenciadas pela pesquisa alinham diálogos e concepções do saber para o entendimento e a atuação sobre questões socioambientais de forma complexa, interdisciplinar e possibilitam projetar/articular práticas educativas transformadoras.