A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o uso racional de medicamentos como a “administração de fármacos apropriados ao paciente conforme suas necessidades clínicas, em doses que satisfaçam suas características individuais, por um período de tempo adequado, com o menor custo para ele e para a comunidade”. Diante de um cenário crítico de Saúde Pública mundial, colapso hospitalar, adoecimento populacional, além da morte de muitas pessoas pela COVID-19, foi necessário buscar estratégias farmacológicas como terapêutica ou como profilaxia a esta doença infecciosa. Além disso, por ser um vírus muito recente, e não saber quais efeitos deletérios pode causar a longo prazo, observou-se sintomas que persistiram após a recuperação da COVID-19 (chamada, então, de síndrome pós-COVID-19). Dessa forma, objetivou-se analisar o consumo medicamentoso durante o período pandêmico, efeitos adversos que esses fármacos causaram na população e se ocorreu síndrome pós-COVID-19 para aqueles que receberam diagnóstico para essa patologia. Tratou-se de uma pesquisa observacional, transversal, retrospectiva, de caráter quantitativo e qualitativo, utilizando-se de formulário eletrônico para coleta de dados. Nessa perspectiva, observou-se bastante a prática da automedicação, baixos efeitos adversos e diversos relatos de sintomatologias persistentes após a infecção, dentre elas, estão anosmia, ageusia e alteração de memória. Assim, notou-se que, durante a pandemia, houve elevado quantitativo de informações errôneas que proporcionaram esse consumo medicamentoso, além da necessidade de incentivo a estudos e pesquisa, principalmente, para profissionais que estão na assistência. Ademais, não há tempo de pesquisa suficiente para identificar se as síndromes causadas pelo vírus SARS-CoV-2 serão transitórias ou definitivas e quais impactos trarão para a vida dos indivíduos.