Neste artigo analisamos um capítulo de matemática financeira de um livro destinado ao ensino médio à luz dos pressupostos da teoria antropológica do didático (TAD), buscando identificar se o conjunto das praxeologias fornece condições (constitui um ecossistema equilibrado) para uma abordagem crítica da educação financeira, tal como preconizado pela Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF). A pesquisa é qualitativa documental, e mediante o capítulo de “Matemática Financeira” de uma coleção de matemática para o ensino médio, referente ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) – 2018, e suas orientações para o professor, elencamos as organizações matemática e didática apresentadas. Dentre as conclusões, destacamos que fica na dependência do professor fomentar em seus alunos o desenvolvimento da criticidade na educação financeira nas aulas de matemática com essa temática. Em relação à perspectiva ecológica do didático, identificamos alguns elementos presentes no capítulo do livro didático que podem se constituir em um ecossistema para os objetos do ensino da educação financeira escolar, que nele configuram elementos da matemática, matemática financeira e os contextos que possibilitam a articulação com a educação financeira.