Objetivou-se investigar o tema da Integração Ensino-Serviço-Comunidade na percepção de discentes da Universidade Federal de Sergipe, campus Lagarto, e o perfil sociodemográfico dos estudantes. Trata-se de uma pesquisa aplicada, observacional, transversal, de abordagem por métodos mistos e caráter descritivo, realizada por meio de questionários semiestruturados autoaplicáveis. Os participantes deste estudo foram discentes de graduação matriculados nos oito cursos da área de ciências da saúde oferecidos pelo campus Lagarto. Os dados quantitativos foram analisados de forma descritiva por meio do software Excel (Microsoft®). O software WebQDA® foi utilizado nas análises qualitativas para a descrição das categorias de análise. Participaram deste estudo 412 estudantes, correspondente a 25% da média de alunos matriculados dentro do período da pesquisa [2018-2019; (n=1639)] sendo prevalentes: estudantes do sexo feminino (72,7%; n=298), heterossexuais (91%; n=372), negros (76%; n=312), com idade entre 16 a 24 anos (91%; n=344), solteiros (92,7%; n=295), que possuíam ao menos um filho (62,5%; n=256). A frequência de atividades de Integração Ensino-Serviço-Comunidade, referidas por discentes, foi variável de acordo com o módulo curricular: maior dentro da Universidade nas disciplinas de Tutorial/Equivalente (62,4%; n=234) e Habilidades/Equivalente (63,5%; n=237) e, nos espaços coletivos do território (57,5%; n=215), no módulo de Prática de Ensino na Comunidade/Equivalente. Dentre os discentes, 20% (n=71) não possuíam nenhuma compreensão sobre o tema da Integração Ensino-Serviço-Comunidade. As concepções identificadas estavam alinhadas principalmente a Associação da teoria com a prática (35%; n=127), Prestação de Serviços (15,5%; n=56) e Estratégia para aperfeiçoamento da formação para o Sistema Único de Saúde (12%; n=44). Os dados indicam que, com o avançar dos ciclos, as atividades de Integração Ensino-Serviço-Comunidade do módulo de Prática de Ensino e Comunidade acontecem cada vez menos nos espaços coletivos do território, e se tornam mais habituais nas dependências ou nos consultórios das unidades de saúde municipais, nos diferentes níveis de atenção.Palavras-chave: Relações Comunidade-Instituição. Sistema de Aprendizagem em Saúde. Educação em Saúde.