“…Quando superamos essa sensação seguimos na tentativa de entender o que antes nos era estranho, e, nesse processo, entra tanto os elementos presentes na obra de arte, mas, também, a experiência individual do espectador, sua história, preconceitos, gostos etc. Pereira (2011) defende que nestas experiências faltam palavras para dizer, para descrever ou explicar o que está se passando e como esse sentimento novo que inicia um jogo compreensivo que tem como propósito não o entendimento ou a explicação, mas a compreensão: a sensibilidade, a atenção, a percepção disso que, por enquanto, é só uma substância de conteúdo, ainda sem forma de expressão. À medida que esse diálogo vai acontecendo, pressupostos são confrontados, histórias são revistas e experiências são construídas.Assim, ao praticar experiências que levem em conta a estética buscamos provocar estranhamentos, desconfianças para desfamiliarizar e desnaturalizar aquilo que soa como velha canção aos novos ouvidos, paisagens desgastadas e desbotadas pelo tempo que se tornaram tão familiares aos nossos olhos e às nossas práticas (BASTOS, 2020).…”