Este estudo mensurou índices de criminalidade dos municípios de São Paulo com o objetivo de investigar efeitos heterogêneos do desenvolvimento econômico no tempo e segundo categorias de crimes (contra a vida e contra o patrimônio), dimensões do próprio desenvolvimento (emprego-renda e educação) e regiões do estado (região metropolitana, litoral e interior). A hipótese intrínseca às análises é que quanto piores as condições socioeconômicas de uma localidade, maior o custo de oportunidade e, assim, menor tende a ser a criminalidade. Para atingir o objetivo, foram realizadas regressões em painel dinâmico com dados municipais de 2007 a 2016. Os resultados não refutaram a hipótese, principalmente pelas dimensões emprego-renda e educacional se mostrarem, de forma robusta, como redutora de crimes contra a vida. Porém, o mesmo não pode ser dito em relação aos crimes contra o patrimônio. Ademais, os resultados sinalizaram: componente inercial do crime e relações significativas entre a criminalidade, produtividade policial, armas de fogo e porte e tráfico de entorpecentes.