Esta é uma pesquisa longitudinal realizada em um município do norte do estado do Paraná, no ano de 2019, cujo objetivo foi analisar, em um grupo de escolares, se a depressão, ansiedade, percepção dos suportes social/familiar e a autorregulação emocional se modificavam em razão do sexo e do início da menarca. Aplicou-instrumentos validados no Brasil para avaliar ansiedade, depressão, autorregulação emocional e percepção dos suportes social e familiar. Participaram 453 escolares, de uma escola pública, do 6º ao 9º ano do fundamental, das quais 58,3% do sexo feminino. As meninas obtiveram escores maiores em ansiedade somático/vegetativo, cognitivo e paralização, pessimismo, avaliação da experiência e nos escores negativos da autorregulação e maior sintomatologia depressiva. Meninas que já tiveram a menarca apresentaram maior sintomatologia de ansiedade somático/vegetativo e na ansiedade geral, além de maiores pontuações em paralização, pessimismo e na combinação das dimensões negativas da autorregulação. Também tiveram menores escores no enfrentamento de problemas e na Percepção de Suporte Social, maior sintomatologia depressiva e mais inadaptação em relação à família. Meninos e meninas podem ter funcionamento distintos e há que se olhar para as questões orgânicas também como associadas a esse funcionamento, como é o caso da menarca nas meninas.