Introdução: No câncer de mama, a radioterapia pós-operatória é amplamente usada para reduzir a incidência de recorrência local da doença. Entretanto, a irradiação das estruturas torácicas implica riscos, especialmente para os pulmões. Objetivo: Estudar as pressões respiratórias máximas (PRM) após exposição à radioterapia de mama em mulheres. Método: Estudo prospectivo observacional realizado no Hospital de Câncer Alfredo Abrão em Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul – MS. A amostra deste estudo foi composta por mulheres (N=8) expostas à radioterapia de mama após cirurgia de quadrantectomia. Avaliou-se a força dos músculos respiratórios por meio da pressão inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx), utilizando-se do aparelho portátil denominado manovacuômetro. O exame foi realizado antes da primeira sessão de radioterapia e após a 25ª sessão, correspondendo ao último dia de tratamento radioterápico. Também foram avaliados o peso e a altura para medir o índice de massa corporal, os sintomas respiratórios clínicos de dispneia com o uso da Escala de Dispneia Medical Research Council e a caracterização de tosse com os Critérios Comuns de Toxicidade Pulmonar, em classificação da pneumonite clínica. Resultados: Os valores da Pimáx resultaram em 95,90±23,86 e 81,20±23,12 (média±desvio padrão da média - p=0,035) em relação ao percentual ideal, caracterizando diminuição significativa ao se comparar antes e após a exposição à radioterapia. Observou-se nível de significância de p<0,05, teste t-student e pareado. Conclusão: O estudo das PRM antes e após a exposição à radioterapia de mama evidenciou diminuição significativa da Pimáx.