Na Amazônia, entre os vários grupos populacionais que se dedicam ao extrativismo, destacam-se os que estão relacionados à pesca praticada de forma artesanal e são representativos da população que habita em consonância aos rios e o mar. O estudo objetiva a caracterização social, econômica e ambiental em três comunidades pertencentes a Reserva Extrativista Marinha Caeté- Taperuçu e, para assim, contribuir para traçar o perfil de pescadores que residem em três comunidades pesqueiras do município de Bragança, nordeste do estado do Pará, na Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu. Foi realizada entrevista através de questionários a 251 famílias de pescadores artesanais entre homens e mulheres, sendo 85 (33,86%) da Vila dos Pescadores, 96 (38,25%) da Vila do Castelo e 70 (27,89%) da Vila do Taperuçu. Os resultados indicam a idade dos entrevistados entre 18 e 55 anos, constatou baixa escolaridade, a maioria possui casa própria e renda anual variando de R$ 3.905,85 a R$5.506,56. O acesso à água se dá pela rede de distribuição e a disponibilização dos serviços de limpeza urbana atendem quase 50% das comunidades. Os resultados obtidos permitiram obter um perfil social, econômico e ambiental dos pescadores artesanais de comunidades pesqueiras na reserva extrativista, podendo contribuir como base para a geração de subsídios que envolvam a implementação de políticas públicas que esteja direcionada a pescadores artesanais na unidade de conservação em questão.