P ara alcançar maior produtividade na cultura de mandioquinha-salsa é necessário avaliar o comportamento em diversos ambientes e regiões de produção. Apesar da cultura ter sido introduzida no País há um século na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, não existem referências ou relatos de experimentos conduzidos na região. O clima de altitude e de temperaturas amenas favorece a produção desta hortaliça, de origem andina, em Nova Friburgo-RJ, que é o principal município produtor no Rio de Janeiro.O consumo de "batata baroa", como é mais conhecida no Estado, vem despertando interesse, mas a produção está estagnada em pequenas propriedades (com menos de 1 ha) e com produtividade abaixo da média nacional (9,2 t.ha -1 ) (Reghin et al., 2000). Além de não utilizar as técnicas mais recentes de propagação como o pré-enraizamento de mudas, os produtores necessitam de dados técnicos sobre a nutrição e fertilização da cultura na região.Em experimento realizado em Piedade-SP, em solo do tipo massapê, Silva et al. (1966) observaram efeito altamente significativo e linear do fósfo-ro e efeito quadrático e negativo do potássio. Para nitrogênio, o efeito foi linear e negativo, contudo os autores atribuíram que as baixas produtividades foram devido à seca no período da condução do experimento. Segundo Silva & Santos (1998), a falta de irrigação é o fator que mais tem contribuído para as baixas produtividades nas lavouras. Câmara et al. (1985), estudando a épo-ca de plantio e amassamento de pecíolos na mandioquinha-salsa, verificaram que tratamentos que promovam aumento na produção de raízes, também promovem acréscimos na produção de coroas e da parte aérea, considerando que houve correlação linear e positiva entre produção de raízes comerciais e produção de coroas (r = 0,77; p = 0,01) e entre produção de raízes comerciais e peso da parte aérea (r = 0,46; p = 0,01). Num experimento realizado em condições de campo, em Latossolo Vermelho amarelo distrófico (LVd), argiloso, Mesquita observaram que não houve resposta à adubação nitrogenada na produção de raízes comercializáveis e verificaram efeito quadrático significativo para o fósforo, quando utilizaram quatro níveis de uréia e quatro níveis de superfosfato triplo. Del Valle Junior et al. (1995), trabalhando com onze combinações de nutrientes com N, P, K e Mg, em solo denominado Ultissol, observaram que a produção mais econô-mica foi obtida com a dose de 135 kg.ha -1 de N, quando se mantinham os demais nutrientes em níveis fixos. Tratamentos com diferentes níveis de P e níveis fixos para os outros nutrientes não diferiram significativamente. A mesma falta de resposta foi observada para K e Mg.Vieira (1995), trabalhando em solo sob cerrado, observou que houve um aumento crescente na produtividade de raízes comerciais à medida que aumentaram as doses na combinação de fósforo e resíduo orgânico. A utilização de resíduos orgâni-cos é recomendada pela melhoria nas condições químicas e físicas dos solos além de promover o incremento da atividade biológica, contribuindo para o aume...