RESUMO O artigo investiga a atuação de grupos educacionais de capital aberto em cursos de medicina, entre 2013 e 2022, no contexto de financeirização e de concentração de capital da educação superior privada brasileira. Trata-se de pesquisa bibliográfica e documental, bem como de análise de dados quantitativos. Conclui-se que a busca acirrada por cursos de medicina, por meio do Programa Mais Médicos, de aquisições de instituições e de judicialização de vagas, é uma estratégia de diversificação e de segmentação de mercado à procura da maior rentabilidade dos ativos financeiros nos grupos Afya, Yduqs, Cogna Educação, Ânima Educação, Ser Educacional, Vitru Educação e Cruzeiro do Sul Educacional. Essa dinâmica parece incompatível com os princípios da diversidade de oferta, da liberdade acadêmica e do acesso à educação superior como direito social.